18.1.11

Love - Trailer.


O louro de olhos azuis está para a estética, assim como a coroa de festivais e ainda sem distribuição está para o Cinema. O filme pode ser atraente. Mas, se o poster trouxer com ele a informação de que a obra passou para um festival, e soubermos ainda que nenhum estúdio conseguiu farejar no potencial do produto os dólares suficientes para lhe deitar a mão, melhor ainda. Aí, passa imediatamente a figurar na nossa lista de imperdíveis. Bem, imperdíveis também não. Convém primeiro dar uma olhadela ao trailer, e ver se a coisa tem bom aspecto. Feitas as contas, é isto que se passa com Love, de William Eubank – que acumula aqui as funções de realizador, argumentista, director de fotografia e production designer (na dúvida entre ser mais farsola traduzir à letra ou deixar ficar, deixa-se ficar).

O filme relata as peripécias do astronauta Lee Miller (Gunner Wright) que, após perder o contacto com a Terra, fica retido em órbita a bordo da estação espacial internacional. À medida que o tempo passa, e com os sistemas de suporte de vida a perderem qualidade, Lee digladia-se consigo mesmo para manter a sanidade – e, simplesmente manter-se vivo. O seu mundo não passa de uma solitária e claustrofóbica existência, até ao dia em que descobre algo estranho dentro da estação.

A primeira impressão é a de um 2001 meets Solarys meets The Fountain meets Moon meets Há Lodo no Cais – momento Rua Sésamo: Qual destes não pertence ao grupo? A ver vemos se o filme chega às salas norte-americanas, e se se porta bem. Pois, ou muito nos enganamos, ou este é daqueles em que o cinéfilo lusitano é que fica retido em órbita à espera da estreia infinita.

Alvy Singer

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